Os festejos juninos de 2025 foram muito além do forró, da tradição e da cultura popular. Este São João se transformou em um verdadeiro termômetro político em Pernambuco — e marcou uma virada de chave definitiva no cenário estadual. A governadora Raquel Lyra (PSD) emergiu como a principal liderança política do estado, enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), ficou visivelmente apagado, ofuscado e isolado.

Raquel percorreu o estado de ponta a ponta — do Sertão ao Litoral — sendo recebida com entusiasmo e calor humano por onde passou. Com uma presença carismática, forte articulação política e o peso institucional do Governo do Estado, ela consolidou sua imagem como liderança incontestável de Pernambuco. O São João foi palco para essa afirmação de força.

Em contrapartida, João Campos, que por anos foi apontado como o herdeiro natural do PSB e da velha guarda política estadual, enfrentou um momento de retração. Praticamente ausente das grandes agendas juninas, viu sua presença esvaziada em um momento simbólico para o contato popular. A hegemonia do PSB, que dominou o estado por 16 anos, parece estar chegando ao fim.

A atuação de Raquel Lyra não é pontual. Ela vem costurando alianças em todas as regiões de Pernambuco, fortalecendo seu grupo político com novas lideranças e apresentando um projeto de renovação que tem ganhado musculatura. Enquanto isso, João Campos lida com dificuldades de articulação e enfrenta críticas internas, inclusive dentro de seu próprio partido.

O São João de 2025 escancarou uma nova realidade: Raquel Lyra é, hoje, a figura de maior relevância política em Pernambuco. E se seguir nesse ritmo, caminha para 2026 com ainda mais força — seja para consolidar sua gestão, seja para liderar um projeto político mais amplo e duradouro no estado.